segunda-feira, 14 de maio de 2012
fetos.
levei à varanda
a persiana antiga
cor de galho
ainda tuas raízes
teus saguins e folhas
cheiros verdes
levei à varanda
o prédio inteiro no peito
o sono do vizinho no olho
sonhos primeiros
nudezes das almas
e quantos ferrões
arranquei da varanda
os protetores dentários
toalhas manchadas
vieram dois livros
uma passagem
e nosso retrato
arranquei
o orgulho do prédio inteiro
e dormi te esperando
de roupa,
a sorrir.
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