deitado abro os olhos, mais uma vez
diluído entre insossos ossos descarnados
dó do sol chamejante
deixar-se atrasar, jamais!
devorado o café da manhã, o caminho
diante de outros lutadores, bater continência
dois, três latidos de idolatria
dragões de gelo nos aguardam flutuantes
dejetos atirados em nossas cabeças
deblaterarão os de patas fracas
desistam destas tolas ideias!
domaremo-nos, então, pelos caninos
desânimo qualquer deve ser combatido
domingos assim são
durante os tempos de fome
dóceis como labradores
driblamos as feras de asas
detectando o tesouro à venda
desde cedo é preciso ladrar, por aqui
dar aos caídos a lambida terapêutica
diariamente, para não virar cachorro-quente
dinamitar as estruturas impostas
desintoxicação genuína do espírito
deus pode ser bom, mas está longe
dúbio como um parlamentar solidário
destro, canhoto, ou qualquer que seja
duelos vencidos, barrigas tranquilas
diarréias tão comuns já não mais doem
dentes perdidos reforçam a dignidade
de sobreviver dia após dia.
domingo, 23 de maio de 2010
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3 comentários:
é um mundo cão.
au-au
Como é dura a realidade de Bóris.a
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