"O tempo está no tempo. O tempo é para imaginar."
ela chora
mil dores num dia-ano
ontem, hoje, amanhã
serra-me o espírito em corpo
desgastado e indisposto
como o pente do fuzil sem munições
pós-guerra.
queria a paz do berço.
aninhar teus dilemas ao silêncio
conseguir ser mais rápido que as horas
tornarmo-nos ponteiros
do nosso próprio relógio.
mesmo as tartarugas
obtêm incontáveis recordes
se souberem apreciar.
terça-feira, 16 de novembro de 2010
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2 comentários:
Criatura, o senhor já está num nível acima de muita gentinha rolando pelas prateleiras das livrarias desse mundo.
Que teu livro deixe de ser projeto pra virar realidade!
abrass.
Caracas, você é simplesmente genial. O jogo de neologismos no título foi fodástico, acho que nunca vi algo assim (não tão bom). E o verbo aninhar com a regência de alinhar foi sensacional, de uma sutileza ímpar. Realmente, concordo com Afonso (o "Afense", amigo meu da faculdade): você devia lançar um livro. Meus parabéns.
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