dos parques do Alasca
aos sorvetes derretidos
nas praias abarrotadas
uma mão que treme
ao toque frio da solidão
meus pais nunca voltaram
da viagem ao mundo das coisas
o estado das coisas
que não tem capital
nem bandeira
nem marcha uniformizada
a madrugada tem dessas coisas
um homem no hospital
o giro da polícia
meus gemidos de animal
debaixo da ponte vi Jesus
observar a humanidade e seus canais
esgoto, riso, sangue, sinal no alerta
nos olhos do Mestre pensei
ter me visto quando criança
que bobagem a minha
de querer ser especial
preparar-se
porque Jesus voltará
o ser humano não mudou
eu o vi debaixo da ponte
ele voltou,
ele nunca foi,
ele todo dia pede um pão
e não tem sequer cama pra dormir.
sexta-feira, 13 de maio de 2016
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