mordeu os cacos
de vidro das garrafas
atiradas na parede de ontem
a crocância em estalos
nas gengivas
e engoliu
como quem fecha
os olhos e tapa
os ouvidos.
eram nove e meia
quando tirou a camisa
e deitou com as costas
beijando o chão
azulejos e músculos
no jornal da noite,
as notícias de ontem
na radiola da vida
uma agulha quebrada.
perto da meia-noite
quando matou leões
e expôs a carcaça
no salão de festas
monstruosidades
brindadas a drinques
não há mais espanto
no dicionário humano.
quinta-feira, 4 de agosto de 2016
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