terça-feira, 23 de setembro de 2008

A dúvida, a espera e o porvir.

Faz tempo. Demorou, mas veio a ser e ficou. Ficaram os caroáveis gestos, a perceptível vulnerabilidade, as mãos, os braços, os beijos. No entanto também permaneceu a dúvida: o quão sincero foi, de fato, o vínculo afetivo ? Os amores modernos estão cada dia mais modernos. Difícil pra mim, acostumado às tensões pré-praças, parques, às mãos dadas, suadas, ao levar em casa. O romantismo se perdeu nas ondas sonoras das incessantes batidas eletrônicas das raves. Estusiasmo esse, tomando a literal tradução da palavra como pressuposto, que diverge completamente da minha idéia de animação, empolgação. Mas, deixando as inadequações sociais de lado, retornemos à indagação inicial. Como saber, sendo a distância agente ativo, a real importância da relação esporádica previamente mencionada pelo que vos questiona? De palavras meu inferno está cheio (exteriorizando-as aqui estou, para viver). Se manobrável fosse a constante lonjura, talvez seria menos dificultoso chegar a uma conclusão relevante e palpável. Então eu deito, deitado permaneço. Aguardo. Aguardo o dia do regresso, do ressurgimento daqueles faiscantes olhos que tanto pertubam a quietude do meu suposto sono, para, então, tentar desvendar o mistério por trás da voz responsável pelo contínuo interlúnio de minhas inomináveis noites.

2 comentários:

Afense disse...

ahh meu caro, sofremos do mesmo mal!
essa modernidade é moderna demais pra minha cabeça.Sinceramente acho que eu me encaixaria melhor nas décadas de 50/60.

Porém, a batalha continua e a vida segue.

bora simbora!

Unknown disse...

Já eu me solidarizo pela distância, meu bom.

Espere até os sorrisos voltarem à sua cabeça ;)