segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

Nobody, no body.

O vazio de Fortunato era tanto que transbordou à garrafa de vinho.



Garrafas de vinho,
no entanto,
podem ser compradas.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Feliz Natal

Estreando na direção (de um longa), o ator Selton Mello faz de uma celebração natalina um primoroso estudo de personagens amargurados e aprisionados ao passado, contrapondo a suposta (e, talvez, imposta) alegria da data aos traumas e dores de uma família extremamente desestruturada. Com grandiosa sensibilidade, Mello alcança êxito em seu primeiro longa-metragem e se mostra um cineasta autoral e promissor.

O filme acompanha Caio (Leonardo Medeiros), um homem que busca, no natal, reconciliar-se com a família. Logo na abertura da produção Selton acerta ao retratar a profissão de seu personagem (narrativamente perfeita, a escolha de um ferro-velho como local de trabalho de Caio) com closes nos carros degradados, ferrugens e sujeira. Então Caio viaja à cidade grande com a esperança de reatar os laços afetivos com sua família. Ressalva para a tomada em que o cineasta mostra a estrada de dentro do ônibus, aparecendo simultâneamente um crucifixo no painel do transporte, o que simboliza a fé e/ou a esperança do personagem em relação àquela jornada.

Na festa, percebemos o distanciamento de Caio com os membros da família; alguns mais repressivos - como o pai (Lúcio Mauro) - e outros, porém, receptivos - caso da mãe (Darlene Glória) e do seu sobrinho Pedro (Fabrício Reis - valeu Laís por achar o nome pra mim) . O motivo desse mal-estar é, até então, implícito. O cineasta põe em cheque os valores de uma sociedade em que a compaixão e a solidariedade para com o próximo se fazem presentes apenas em datas comemorativas; tendo como seu maior exemplo o natal. Reparem como o cineasta expõe a contradição da data quando Fabiana (Graziella Moretto) - cunhada de Caio - distribui os presentes com uma alegria questionável e, ao mesmo tempo, Caio e seu irmão Theo discutem na escada da casa (e o segundo fato é, com certeza, o reflexo da realidade daquela família). E é como se ouvíssemos da boca do próprio diretor as palavras proferidas por Mércia ao questionar a celebração, chamando os convidados de aproveitadores, sanguessugas e vampiros (cena esta que tem um belo desfecho quando a câmera enfoca os cabelos brancos de Mércia desmaiada no banheiro, ressaltando a inflexibilidade do tempo).

A direção de arte - elaborada por Renata Pinheiro - representa fielmente a situação decadente em que se encontram os habitantes daquele "lar". Notem que os espelhos da casa são manchados, portas enferrujadas, paredes mofadas, a piscina suja, com folhas ao redor; não é assim tão longíqua a relação entre a casa da família com o ferro-velho em que Caio trabalha (e o estado da casa dos amigos de Caio também é deplorável). A fotografia, quase sempre escura e pesada, ilustra o sombrio estado emocional dos personagens. Detalhe para a belíssima tomada em que, após conversa com o irmão, Theo caminha e deixa a casa dos amigos. A câmera desfocada faz com que a silhueta de Theo lembre a de um alienígena, o que intensifica a idéia do distanciamento da relação entre os dois parentes.

O fato que mais me impressiona na produção, contudo, é como o roteiro utiliza-se de um instrumento fundamental - carro(s) - como guia para a melhor compreensão do espectador sobre o principal acontecimento envolvendo Caio. São diversas cenas em que carros estão ativamente presentes na narrativa: as crianças ganham carros de brinquedos na festa de natal; Caio hesita ao observar a velocidade de um veículo na rua; Caio observa um carro sendo consertado enquanto está na padaria e bruscamente deixa o estabelecimento; a inocente brincadeira de seu sobrinho ao dizer "verde...vermelho!", trocando as funções das cores no semáforo e, claro, o desfecho do filme, onde o carrinho de brinquedo pode ser observado na cômoda do quarto, ao lado dos remédios (Outro forte instrumento narrativo adotado por Selton. Observe como, na conversa com a mãe, Caio dá ênfase à importância de "tomar os remédios na dosagem certa", o que pode ser interligado ao final do filme). Outra maneira que o diretor usa para explicar os fatos é utilizar as aparições e visões tidas por Caio. Jamais tornando-as irreais ou exageradas, o estreante diretor acerta nestas aparições, desprezando os muitas vezes indevidos flashbacks.

Extraindo soberbas atuações de seu elenco (destaque especial para Leonardo Medeiros e Darlene Glória), Selton Mello cria uma esplêndida obra que analisa as relações humanas de forma sensível e verdadeira. O melhor filme nacional do ano, sem dúvida. Aguardo ansiosamente o próximo projeto deste que é um dos grandes atores de sua geração e, agora, um dos mais talentosos e promissores cineastas do país.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

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o incêndio entre teus cílios provocou em mim, Gelo, fusão.

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Cashback

Eu não sou ávido freqüentador de festivais de cinema. Comecei, de fato, ano passado, quando fui pela primeira vez à Expectativa/Retrospectiva que ocorre anualmente no Cinema da Fundação. Vi A Casa de Alice, de Chico Texeira. Produção vencedora de alguns prêmios, o que, portanto, fez crescer em mim a vontade de prestigiá-la. É normal entre a grande parte dos espectadores de um festival assistir aos filmes "renomados", de cineastas e atores mais conhecidos. A fundamental função de um festival para mim é, porém, conceder acesso às produções que dificilmente chegarão aos cinemas mais perto de você ou, até mesmo, às locadoras. Assim, procuro sempre o desconhecido (jamais descartando Allen's e Lynch's). Muitas vezes quebro a cara: "que lixo!". Mas o prazer em descortinar espetaculares obras como Cashback (Sean Ellis, 2006) é impagável.

Derivado de um curta (indicado ao Oscar) homônimo do próprio Ellis, o longa inglês é um deleite visual cujo inteligentíssimo roteiro capacita ao diretor tomadas esteticamente desbundantes. Centrado no universo emocional de Ben (Sean Biggerstaff), o filme acompanha o jovem estudante de artes plásticas após o rompimento de sua relação com a namorada e, logo na primeira cena, o cineasta utiliza um slow-motion primoroso que se encaixa perfeitamente com a narrativa do filme e seu tema principal: o tempo. Sem conseguir dormir, Ben arranja emprego em um supermercado e logo cria amizade com seus exóticos amigos de trabalho. Refugiando-se contra a lentidão e a monotonia do passar das horas, Ben imagina poder parar o tempo para assim melhor apreciar a beleza das coisas e suas formas, escapando também da caótica realidade em trânsito.

É este "poder" de Ben o instrumento que Sean Ellis utiliza para criar belíssimas e inovadoras cenas em que o universo, estático, é apenas capaz de ser observado pelo personagem (e, obviamente, por nós). E a nudez exposta em diversos momentos - principalmente na cena do supermercado - jamais é apelativa; é delicada, quase natural, como de fato é aos olhos do personagem-espectador. Igualmente eficiente, o lado cômico de Cashback consegue divertir na medida certa, sem extroplar (deslizando apenas em algumas cenas envolvendo o lutador de kung fu Brian, responsável, no entanto, pela cena mais engraçada do longa).

Utilizando apropriadamente a narração em off, o roteiro de Ellis sempre enfatiza a idéia da importância do tempo e a onipresença deste em nossas vidas. Perceba como o placar do jogo, quando Ben congela o tempo após Jenkins levar uma bolada no nariz, aponta um segundo para o final do mesmo. O que demonstra notória sutileza do diretor, levando em consideração, acima de tudo, a relevância de "um segundo" para uma cena chave do filme, ocorrida em uma festa. Cena esta onde Ben profere uma das melhores falas do filme, quando conclui que "é possível parar o tempo, diminuir seu ritmo, mas não voltar e desfazer algo já feito" (algo do tipo, não lembro palavra por palavra), demonstrando tanto a vulnerabilidade do personagem em questão quanto a nossa, meros espectadores incapazes de interferir na história.

Maior surpresa positiva do festival Expectativa 2009/Retrospectiva 2008, Cashback torna-se memorável e um dos melhores filmes vistos, por mim, esse ano. Grandioso em todos seus aspectos, resta-nos torcer para o dvd do filme habitar o maioria das locadoras no país, possibilitando, assim, maior visibilidade para uma produção capaz de congelar o tempo.

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Cadê ela?

Hoje, o sol esqueceu de acordar.
As pálpebras cansadas se entregam à escuridão e os cílios superiores acariciam os inferiores, rendendo-se, por fim, à completa união.
A exaustão evita os sonhos, o sono é pleno. Pleno até as buzinas, os choros, as tevês; a vida. O corpo acorda, dormindo. E não, não adianta, o céu permanece escuro. São dez da manhã.

Ela mudou.

Sempre viva, toda alegria e eletricidade da cidade refletiam em seus olhos onipresentes. Refletiam. O abraço deu lugar ao intacto, as mãos às armas, as rosas ao concreto. Até o mar - certas vezes nervoso, mas sempre amigo - resolveu agridir. É, ela mudou.

A vida.

Talvez por vingança, ou pelos necessários desafios no caminho. Talvez ela tenha cansado, como as pálpebras. Quem sabe saiu de férias, viajou. Foi em busca de amigos ficados para trás com do tempo, como o sentido e a esperença, antes tão presentes. Não sei. Indago, portanto, ao amigo leitor: ainda vive a vida?

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domingo, 30 de novembro de 2008

Da itália ao nada.

Francesca desalojava-se das olfativas mãos surdas de Mark. Os sucessivos recessos afetivos, Romeus esporádicos e promessas de amor intermináveis rompidas desgastaram o ânimo juvenil tão presente no passado de Francesca. O ânimo deu lugar à incerteza. E com a incerteza, ao medo. Medo da incursão, do novo, do constante, dos lépidos olhares cujo destino era o mesmo: as lágrimas.

Queria viajar. Relembrar as noites diurnas com a vó Cida, em Buenos Aires, onde a liberdade era livre e efervescente. Queria poder visitá-la, mas vó Cida finalizara sua missão terrestre há dois anos e descansava, agora, em leitos celestiais. Então Francesca, ao chão, cogitou a possibilidade de ir, de fato, visitar sua avó. Talvez fosse mais rápido e mais simples que ir à Argentina, pensou. Mas, e se não fosse? Ela necessitava de paz. A paz que apenas a morte é capaz de trazer a um agonizante animal em seus minutos últimos de vida. O desconhecimento do pós-morte, no entanto, fazia os dedos trêmulos de Francesca hesitarem ao verem a Taurus PT58S do seu falecido pai dentro de um baú empoeirado onde o velho Stefano escondia da família divergentes utensílios, como um colar de prata e um vestido verde, ambos pertencentes à uruguaia de Punta Del Este com quem o italiano traiu a mulher por vários anos.

O desgastado verde dos olhos ítalo-brasileiros de Francesca analisava a negritude da pistola. Após enorme esforço, tocou o temido objeto. Com o dedo no gatilho, pensou por 3 minutos sobre sua decisão. Fechou os olhos, respirou fundo, três vezes, e apontou a arma em direção à cabeça. Puxou o gatilho.












A arma estava descarregada.

sábado, 29 de novembro de 2008

Provas e Deserto Feliz.

Última semana de aula na faculdade e, conseqüentemente, semana de prova. Trabalhos pendentes, textos e mais textos suplicando por leitura. Despedir-se do ócio, ocultar o cansaço, rejuvenescer a paciência e estudar. Férias coming soon.

Assiti hoje ao novo longa de Paulo Caldas (Baile Perfumado), Deserto Feliz, estréia da semana na cidade. O receio em que previamente me encontrava - por considerar o tema, prostituição, trivial em recentes produções nacionais - foi rapidamente dissipado ao longo da projeção. Filmado em locações pernambucanas e alemãs, Deserto Feliz acompanha a trajetória de Jéssica, adolescente de 14 anos que, por "não agüentar mais", como a própria afirma à mãe, a monotonia da cidade, os abusos do pai e a precária condição em que vive a família, opta por uma escolha comum entre jovens na mesma situação: prostituir-se. E é admirável o simbolismo utilizado por Caldas em uma cena que a menina observa, e perturba, um tatu posto dentro do poço da família, "analogizando" o desejo de ambos: escapar daquele martírio .

Fugindo para a cidade grande (Recife, mas que poderia ser qualquer capital do país), Jéssica divide um apartamento com mais algumas prostitutas, fazendo deste praticamente um prostíbulo. E um detalhe interessante: o edifício escolhido por Caldas para a realização das filmagens, o famoso Holiday, é, de fato, um prédio recifense conhecido por seus moradores exóticos (que o adjetivo não denote qualquer tipo de preconceito, pois o mesmo é inexistente), como prostitutas e travestis. É então que a jovem do interior conhece Mark, um turista alemão, usuário de drogas, por quem Jéssica instantâneamente se apaixona.

O roteiro, parceria entre Caldas, Marcelo Gomes, Manoela Dias e Xico Sá, explora com sutileza os desordenados sentimentos vividos por aquelas mulheres. Em uma das melhores cenas do filme, Pâmela (Hermila Guedes) exterioriza à Jéssica sinceros temores e arrependimentos sobre sua vida, suas escolhas. E a tristeza no olhar de Hermila, homogeneizado aos aleatórios e dispersos sorrisos (resultado claro do uso de ílicitos), retrata fielmente a crua realidade dessas jovens que, por falta de oportunidade, necessitam vender o corpo para garantir o mínimo de estabilidade financeira. Outro ponto positivo no roteiro é a ausência das "legendas guias", muito comum em produções cujas locações passam de uma cidade para outra; o que seria totalmente dispensável em Deserto Feliz, pois o espectador sabe exatamente quando Jéssica foi para o Recife e, posteriormente, para a Alemanha.

Acertando em cheio na escolha dos atores, o cineasta pernambucano extrai impecáveis atuações de todo o elenco. Nash Laila surpreende em sua estréia cinematográfica, criando um personagem complexo, com aquela chama de esperança tão usual nos jovens se contrapondo às amarguras e angústias vivenciadas por Jéssica. O sempre competente João Miguel mais uma vez arranca risos do espectador, Hermila Guedes revive uma prostituta (Baixio das Bestas, O Céu de Suely) com o mesmo empenho dos trabalhos antecedentes e o alemão Peter Ketnath demonstra enorme segurança interpretando o par romântico de Jéssica, Mark. Todos os demais, apesar de menos tempo de tela, exercem com fervor seus respectivos papéis.

Vencedor de inúmeros prêmios em festivais importantes como o Festival de Cinema Brasileiro em Paris, Festival Internacional de Cinema de Guadalajara e Festival de Cinema de Gramado, Deserto Feliz é merecedor de todos estes reconhecimentos acima citados e é sério candidato a melhor filme nacional do ano. O filme está em cartaz, no Recife, nos cinemas Rosa e Silva e no Multiplex Recife. Corram.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

Funny Games US

Remakes sempre me deixam apreensivo. São inúmeros os casos em que o filme original é arruinado pelo sucessor, criminosamente manchando, de certa forma, o nome da produção primeira. No entanto, é surpreendentemente agradável quando uma refilmagem consegue se sobrepôr ao filme antecedente, incumbência essa não tão simples. O que dizer, porém, quando a produção refilmada é praticamente idêntica à primeira, sendo ambas realizadas pelo mesmo diretor/roteirista ?

Michael Haneke copiou, ao pé da letra, seu Funny Games de 1997, adotando as mesmas tomadas, ângulos, falas, trilha sonora e figurino. Apenas dois fatores divergem o Funny Games US (na verdade três, levando em conta a imposição do US na produção hollywoodiana) do alemão: o idioma e os atores. Torna-se questionável, então, a decisão de Haneke em "imitar" seu projeto precedente, cujos resultados foram positivos e deram ao diretor alemão visibilidade mundial. Não enxergo outra questão, a não ser a financeira, que tenha levado o cineasta a optar por esta refilmagem, mas deixemos as razões pessoais de Haneke para outro momento.

Iniciado com uma bela tomada aérea, o filme acompanha uma família que pretende passar um tempo em sua casa de interior, longe da cidade. Porém a traqüilidade quista pela família é logo dissipada com a chegada dos jovens Paul (Pitt) e Peter (Corbet) e seus joguinhos insanos e perversos, gradualmente elevando o "nível" com o decorrer da projeção. Matendo-se fiel até mesmo à mise-en-scéne presente no original, Haneke brinca com o público, criando diálogos (com a reciprocidade, obviamente, dependente de cada espectador) entre o personagem mais ativo e mandante das ações e nós, testemunhas oculares da situação em andamento. Mas, lembrando-nos de nossa fragilidade e incapacibilidade de intervir nas ações dos personagens, o cineasta, em uma determinada tomada, acompanha Paul na cozinha, calmo, preparando um lanche, enquanto na sala ocorre um disparo, gritos e sons de luta, deixando o espectador curiosíssimo e impaciente. E é elogiável a sutileza do diretor ao expôr, sutilmente, a não preocupação de Paul com o estado daquela família.

Escalando um grupo de experientes atores para a produção, o diretor obtém a mesma entrega e intensidade vistas no longa original (interpretados com grande competência por Ulrich Mühe, Susanne Lothar e os demais). Naomi Watts mais uma vez brilha, dosando bem o limite de sua dramaticidade; Tim Roth encarna com eficiência o pai incapaz de ajudar a família; Michael Pitt e Brady Corbet igualmente notáveis como os jovens torturadores e o pequeno Devon Gearhart que, apesar de ter menos tempo de tela, demonstra admirável capacidade dramática.

Contando com um elenco eficaz, Michael Haneke consegue recriar detalhadamente seu filme anterior, com não tanto impacto para os que o assistiram, mas com a competência já usual de um dos melhores diretores da atualidade.


Ficha Técnica:
Título: Violência Gratuita
Título Original: Funny Games US
Ano: 2008
Direção: Michael Haneke
Elenco: Naomi Watts, Tim Roth, Michael Pitt, Brady Corbet, Devon Gearhart
Duração: 111 minutos

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

Rocks!

Nesse video um monte de coisa me impressiona.
A voz de Bob Gillespie,ex-baterista do Jesus and Mary Chain(e pra mim a melhor voz do rock n roll moderno), o fato dele ter sido gravado no lendário estúdio da Abbey Road, as negonas no coro...
Gosh!
É uma pena eu ter descoberto essa banda tão tarde.

Crianças, recado importante: Como músico, sou completamente contra o download ilegal de músicas ou de qualquer forma de pirataria. O artista deixa de ganhar dinheiro, gente. E é feio, incostitucional.

O download do Riot City Blues, o melhor disco do Primal Scream e pra muito o único que valhe a pena ser escutado inteiro tá aí. Pra você que não compartilha da mesma opnião que eu.
Ou que compartilha mas baixa mesmo assim, igual eu.

http://rapidshare.com/files/83024357/Riot_City_Blues_2006_.rar.html

Boa noite.

Hello Strangers

Agora mando nisso daqui também. Sou mais engraçadinho e bonito que Alexandre. Mesmo assim gostem mais dele, ele é mais inteligente. Aliás, me apresentar o caralho.

Alexandre é um pernambucano muito massa. Nunca vi o menino na minha vida. Não preciso fazê-lo pra saber que é uma pessoa única, de um gosto refinado como poucos - lamenta-se alguma coisa -, uma sinceridade que às vezes me arrasa e com um coração bem maior que o meu e o mundo. Espero quase pacientemente o dia que a gente vai divagar sobre o mundo por intermináveis horas tomando a cana que ele tanto ama.
O homem paixão, senhoras e senhores.
Amo mesmo.
Boa noite.


P.S.: Esperem sempre por boa noite, só vou postar de madrugada. De dia eu tô de bom humor.
Beijos

terça-feira, 21 de outubro de 2008

A Ressureição

Que vergonha. Praticamente um mês sem postar. Quanto descaso...

É o tempo, meus jovens, e a falta dele. Mas tentarei voltar ao que éramos antes, àquela chama interminável de nossas noites salivantes.

Tô indo assistir Estômago, de Marcos Jorge, agora à tarde. Amanhã comento algo sobre, já que na primeira postagem do blog dei ênfase ao colóquio sobre cinema e até agora só exteriorizei minha afeição pela encantadora Kristen Stewart (easy, ladies...). Torço para que o fime seja digno do cargo de "primeira crítica" (pretensão juvenil) do blog.

Até amanhã.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Crazy (Gnarls Barkley) - The Raconteurs

É incrível o poder artístico de Jack White. Ele parece incapaz de fazer algo, no mínimo, insatisfatório. Essa interpretação de Crazy, em particular, me deixa ensandecido. Sem desmerecer a canção original de Gnarls Barkley, que é excelente, Jack - e todo o Raconteurs - cria uma versão estrondosa com o mais puro e simples rock and roll. I know, it's only rock 'n' roll but I like it!

Afaste os móveis, chame a gangue, compre alguns petiscos e bebidas AND LET THE PARTY ROLL!

Pra que DJ's quando há bandas como The Raconteurs? PRA QUÊ?

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Ameniza.

Ameniza o desamparo das almas míopes
Vulcaniza a imobilidade de um povo despreocupado
Hipnotiza, os eletronicamente hipnotizados, com tua beleza sobrenatural
Inferniza, maldita, as vidas corrompidas pela outrora intangível corrupção
Higieniza a incessante imundície dos planaltos, câmaras e camaradas
Desmagnetiza a perversidade dos que por mais tempo aqui estão
Sintoniza tua graça às estações do ano, do metrô
Descapitaliza a aristocracia invulnerável
Sincroniza as discrepâncias ideológias
Nacionaliza os imigrantes
Localiza o desnorteado
Estabiliza as pulsações
Celebriza o anonimato
Legaliza o abraço.

Ameniza, morena, a vida.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Mãe, quero ir à hollywoodilândia.

Ah, por ela, só por ela, eu assistiria todo mês relíquias como "Jumper" e "Os Mensageiros". Portanto, quando a avistei "na natureza selvagem", game over.

"Matou a Família e Foi ao Cinema", conhece? Pois é, eu ouvir dizer sobre uma possível continuação. Mas desta vez o destino do assassino não seria o cinema. Seria, de fato, hollywood.

Que o vôo não demore. Fui.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

A dúvida, a espera e o porvir.

Faz tempo. Demorou, mas veio a ser e ficou. Ficaram os caroáveis gestos, a perceptível vulnerabilidade, as mãos, os braços, os beijos. No entanto também permaneceu a dúvida: o quão sincero foi, de fato, o vínculo afetivo ? Os amores modernos estão cada dia mais modernos. Difícil pra mim, acostumado às tensões pré-praças, parques, às mãos dadas, suadas, ao levar em casa. O romantismo se perdeu nas ondas sonoras das incessantes batidas eletrônicas das raves. Estusiasmo esse, tomando a literal tradução da palavra como pressuposto, que diverge completamente da minha idéia de animação, empolgação. Mas, deixando as inadequações sociais de lado, retornemos à indagação inicial. Como saber, sendo a distância agente ativo, a real importância da relação esporádica previamente mencionada pelo que vos questiona? De palavras meu inferno está cheio (exteriorizando-as aqui estou, para viver). Se manobrável fosse a constante lonjura, talvez seria menos dificultoso chegar a uma conclusão relevante e palpável. Então eu deito, deitado permaneço. Aguardo. Aguardo o dia do regresso, do ressurgimento daqueles faiscantes olhos que tanto pertubam a quietude do meu suposto sono, para, então, tentar desvendar o mistério por trás da voz responsável pelo contínuo interlúnio de minhas inomináveis noites.

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

O árduo começo.

Opa, prazer. Tava na hora. A preguiça veio pr'um café e demorou a ir embora. Mas agora foi, e que não volte.

Me senti no dever de criar um blog. Cursando jornalismo, primeiro período, the time's now. Creio ser um instrumento necessário para cada um que, um dia, deseja trabalhar nessa área. É um bom meio para demonstrar a qualidade (ou a falta dela) de um possível profissional. Porém vou escrever o que der na telha (não espere encontrar as notícias mais quentes do dia). Sobre mim, sobre a vida. Mulher, cinema, esporte, sport, cinema, amigos, ídolos, cinema, noites, dias, solstícios, equinócios, cinema. Meu refúgio diante das regras e limitações do universo jornalístico (abraço, Manual de Redação).

Portanto, bem vindos. Que seja tão bom pra mim quanto para vocês (o lubrificante é por conta da casa).

See ya.