sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Back to the concreteside

The playground is closed. Era uma vez a mamata regida à sol, areia, cama e viuvinhas. Voltar à ativa a partir de segunda-feira. Confesso que tô sentido falta do frenesi diário das aulas na faculdade. O ócio (palavra que compete com Jonas Brothers ao cargo de moda juvenil mais gritante de todos os tempos da última semana) desgasta e faz-se necessário o compromisso. Viver descompromissado com o relógio é fazer de conta. Mas, guardo os fogos de artifício pra depois do carnaval, que é quando o boi é solto na arena. Carnaval...

Eu não consigo redigir o que muitos afirmam quando estufam o peito e dizem: "o carnaval já foi bom". Quisera ter a oportunidade de entrar no DeLorean do Dr. Emmett Brown e regressar à época das marchinhas e dos tempos em que as melancias não se sentiam ofendidas. Aí, eu exprimiria uma opinião balanceando as duas fases. Subjetivamente, não sou fã do carnaval moderno. Acho apenas a desculpa mais longa para tomar aquelas e deixar a responsabilidade na mão do feriado, já que "tudo pode, é carnaval". Mas não discrimino, defendo. O que são cinco dias comparados aos demais ao longo do ano, cujos problemas festejam e mantêm-se permanentes nas vidas dos companheiros e companheiras brasileiros? E já que a Copa do Mundo é apenas de quatro em quatro anos e a seleção não faz milhares subirem, ensandecidos, as ladeiras históricas de Olinda, deixem os carnavalescos aproveitarem. A alegria magnetiza a multidão e é bonito ver que, apesar das merdas cagadas que não voltam ao cu (salve, Cláudio Assis), nós, quando guiados por bons sentimentos, conseguimos criar coisas únicas.

Mas o quadro se quebra quando, na esquina, o cabra põe a ferrança na tua testa e leva tuas calças. Pode ter diminuído, mas ainda acontece e muito. Uma persistente mancha que eu sonho ver dissipada algum dia, algum mês, algum ano, não só nos carnavais, mas no cotidiano social. Dreaming boy...

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