sexta-feira, 1 de julho de 2016

das flores que eu olhei...

nos jogos de azar
a gente perde
quase sempre
dados perversos
o sarcasmo dos números
que não creem em você.

nos jogos de atar
a gente tenta
embolsar felicidade
acorrentar sorrisos
e fechamo-nos mudos
em mundos miúdos demais.

nos jogos de amar
nestes sim
os silêncios são lençóis
competição apenas de lábios
alimentados no leito desse rio
de beijo que entorna o mar.

a louca ternura
a tenra temperatura
dois corpos xilogravados
da boca à cintura
espasmos pelas manhãs
que noites não existem
tudo luz
tu, luz
luz, eu
sol, nós.

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