sábado, 14 de fevereiro de 2009

Help me, Scofield.

Desatarraxei-me de teus braços, apenas.
Desisti por um segundo e fossilizei tua imagem ao nada.
Incinerei teus lábios, sim. Mas o vento trouxe de volta à minha cama tuas cinzas lapidadas
vermelhas de paixão e dor
dor do nascimento, paixão de morrer.

Ri de tanto chorar, revivendo as pinturas
da casa dos nossos sonhos, da vizinha inconveniente
dos risos, dos não's.
Como me divertia, observar teus dedos cedilhando "aterrissar"
soldando-se aos meus, digitais com digitais
sem impressões de outrem.
Somente eu e você.

Acordar era fácil; difícil, hoje, é dormir.
Hoje, desflorestado, qualquer indício de serenidade me traz teu aroma
e, levitando, saboreio a leveza da minha ilusão.

Que insustentável cruz carrego no peito, Deus
essa cruz de madeira ruiva, olhos vagantes e conciliáveis abraços
que metralham minha existência a 734 km de distância.
Bicicleta só se move com duas rodas, e, apesar da palhaçada do cotidiano, eu não utilizo monociclo.

Minha prisão é perpétua; e gosta de sorvete de morango.



É, parece que o lado coca cola da vida restringe-se aos 'criativos' publicitários e aos seus atores, uma vez interpretando.

2 comentários:

Luiza Judice disse...

O lado coca-cola da vida não existe e é podre ;/
haha

Nossa, suspense no programa da Márcia?! hahahahaha
Bizarro.

Beijo, menino.
Lindo texto.

Diego Blues disse...

foi forte viu menino e lendo escutando albert king the feeling
que eu sinti msm